quarta-feira, 29 de abril de 2009

Cavalheiros de Shakespeare

Intenções são escravas da memória;
São fortes, mas têm vida transitória;
Qual fruto verde que se ostenta, duro,
E há de cair quando fruto maduro,
É fatal que esqueçamos de nos dar
O que nós mesmos temos de pagar:

Aquilo que juramos na paixão,
Finda a mesma,
perdeu a ocasião.

A violência das dores e alegrias
Destrói as suas próprias energias.

Onde há prazer, a dor põe seu lamento,
Se a magoa ri, chora o contentamento.

O mundo não é firme, e é bem frequente
O próprio amor mudar constantemente,
E ainda está para ficar provado
Se o fado guia o amor,
ou este o fado.

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